sexta-feira, 29 de junho de 2012

Havaianas investe em novos produtos para garantir sucesso no mercado

Completando 50 anos em 2012, Havaianas é um dos cases de Marketing mais conhecidos do Brasil, saindo de um portfólio limitado e do esquecimento na década de 1990 para uma marca de sucesso em mais de 80 países do mundo. Com cerca de 100 modelos diferentes, Havaianas conta ainda com um mix que vai além das sandálias, por calçados fechados, bolsas, toalhas e chaveiros. Para manter a posição de destaque no mercado, a Alpargatas, detentora da marca, aposta em ampliação constante nas suas linhas e no conceito de brasilidade.
A principal extensão no portfólio de Havaianas para além das tradicionais sandálias de borracha veio em 2010, com o lançamento, no Brasil, da Soul Collection, coleção de calçados fechados e tênis. A princípio, os produtos foram desenhados para atender o mercado europeu que, por conta do inverno rigoroso, não dava espaço para a venda dos modelos originais durante todo o ano.
A Internet, no entanto, acabou fazendo com que os itens acabassem ficando conhecidos e caíssem no gosto dos consumidores brasileiros. “Havaianas é um produto visto como muito simpático pelo público europeu, mas que não podia ser usado durante todo o ano, a não ser dentro de casa ou com meias. Daí surgiu a ideia dos sapatos fechados. Aqui no Brasil, as pessoas ficaram sabendo e começaram a pedir”, explica Rui Porto, Consultor de Comunicação da Alpargatas, em entrevista ao Mundo do Marketing.
Portfolio variado
Além dos calçados fechados, a marca trabalha atualmente com produtos de outras categorias como bolsas, toalhas, chaveiros e pingentes para celular. A ideia é continuar lançando outros itens. Em breve, a empresa se prepara para disponibilizar no varejo capas para iPads e iPhones com a identidade da marca.
A Havaianas aposta também em uma ampla variedade de modelos para atender aos diferentes perfis de públicos que usam as sandálias. Além das Havaianas bicolores, mantidas no mercado há 50 anos, a empresa conta com modelos desde os básicos Top, disponíveis no varejo a R$ 9,90, até sandálias com tiras cravejadas por cristais Swarovsky, que custam quase R$ 300,00. Sem falar nas edições limitadas em parcerias com marcas como a H Stern, com preços que ultrapassam as centenas de milhares de reais.
A atualização e renovação constantes do portfólio fazem parte do posicionamento da Havaianas como uma marca de moda. “Hoje lançamos duas coleções por ano que se modificam sempre, mas sem perder a alma daquela sandália de borracha, de dedo. Havaianas mudou de patamar, mas não mudou sua alma”, explica Rui Porto.
havaianas,50 anos,case,soul collectionBrasilidade na marca
Não perder o conceito de brasilidade na marca é um cuidado da empresa na hora de trabalhar sua estratégia de Marketing, independente do país de atuação. O que muda, no entanto, é a forma de abordagem inicial, já que nem todas as partes do mundo se identificam tanto com a personalidade brasileira.
Na Europa, por exemplo, o calor brasileiro é visto com simpatia, enquanto nos Estados Unidos a característica não tem tanta relevância. Apesar das diferenças, a essência do Marketing e da comunicação é a mesma em qualquer mercado, sofrendo mudanças de acordo características internas. “Quando ingressamos em um país observamos, naturalmente, a cultura local. Na Hungria, por exemplo, onde o pólo aquático é um esporte muito popular, trabalhamos nossa publicidade em revistas especializadas”, completa Porto.
Atualmente, a Havaianas trabalha para ingressar nos mercados da Índia, Indonésia, China e México. Um dos cuidados da companhia é chegar aos novos países por meio de distribuidores que conhecem bem o varejo local. A operação própria é feita apenas em áreas onde a marca já é bem difundida, como Estados Unidos, Canadá e Europa, em cidades como Bologna, Paris, Londres e Lisboa.
“Nestes novos mercados atuamos com os distribuidores. Eles conhecem bem o varejo e a cultura local, além de dividir os riscos e os bônus da propaganda. A Havaianas pensa globalmente e age localmente. Conhecemos a cultura local e promovemos as adaptações necessárias, porém, nunca sem perder nossos valores e filosofias, que são universais”, completa o profissional.
Comemoração
O objetivo da Havaianas para os próximos anos é manter a taxa de crescimento, lançando mais linhas de produtos e ingressando, cada vez mais, em novos mercados. Hoje, a empresa conta com 219 franquias da marca em diferentes países e pretende atingir 500 unidades em quatro anos.
Para comemorar os 50 anos de criação estão sendo desenvolvidas diversas ações. Entre elas o lançamento de um modelo comemorativo de sandálias, que remete a primeira Havaianas lançada e que terá 100% da renda de suas vendas revertidas para a Unicef.
“Disponibilizamos 50 mil unidades e todo o valor de venda será doado. Essa é a nossa forma de agradecer ao público por todo o carinho ao longo destes anos. Além disso, vamos lançar um livro com as 50 melhores campanhas impressas de Havaianas, além de promover festas para nossos funcionários”, completa Rui Porto.



Fonte:
http://mundodomarketing.com.br/reportagens/marca/24460/havaianas-investe-em-novos-produtos-para-garantir-sucesso-no-mercado.html



domingo, 17 de junho de 2012

Mobile 2.0 gera lucro e diminui custos

O crescimento de downloads de aplicativos para smartphones e tablets tem sido o responsável pela ampliação do mobile 2.0, que utiliza as plataformas móveis para gerar negócios para as marcas e aumentar os lucros das empresas. A conclusão faz parte do “Relatório Mobilize de Inteligência de Mercado”, desenvolvido pela Aorta, empresa do grupo .Mobi, atuantes no mercado de desenvolvimento dos apps.

De acordo com dados do levantamento, o mercado de aplicativos nunca esteve tão aquecido. Ainda que 96% dos 30 bilhões de downloads de apps em todo o mundo tenham sido realizados gratuitamente em 2011, no período, o faturamento chegou a US$ 8,5 bilhões. O valor, segundo o relatório, foi rentabilizado por meio de compras in-app, publicidade ou patrocínio.

Comparado ao ano de 2010, que teve nove bilhões de downloads, o aumento foi de 230%. Para 2016, a perspectiva é que o segmento tenha uma receita de US$ 46 bilhões. Apesar do levantamento não abordar o mercado brasileiro separadamente, a realidade de crescimento no país é semelhante ao resto do mundo.

“O relatório nos fez chegar a pelo menos três grandes considerações. A primeira é o tamanho do mercado e o quanto ele cresce. Em seguida, os modelos de negócio, que estão rentabilizando e gerando riquezas efetivamente. Por último, observamos a mudança de comportamento do usuário”, afirma Christian Reed, Diretor de Planejamento e Operações da Aorta e um dos responsáveis pela pesquisa, em entrevista ao Mundo do Marketing.

Geração de lucros e redução de gastos
O modelo Freemium, quando o aplicativo é baixado gratuitamente e oferece ao usuário a possibilidade de comprar melhorias ou conteúdo, é uma das chaves para a geração de lucros nas empresas ligadas ao universo 2.0. Sucesso em games, a participação do modelo nos smartphones deve saltar de 39% em 2011 para 64% em 2015.

O Freemium cresce por criar uma nova relação de negócios. Além dos jogos, os veículos de comunicação têm buscado nos últimos anos aplicativos que forneçam leitura gratuita de jornais e revistas e, em algumas edições específicas, restrinjam o acesso com apps pagos.

Para as marcas, o grande desafio é fazer com que o uso de aplicativos pelos consumidores se torne rentável ou, no mínimo, diminua gastos. “Empresas do mercado de varejo, por exemplo, podem diminuir custos de relacionamento com o cliente através dos apps, que podem ser um canal muito mais barato que um call center ou o próprio contato presencial”, avalia Reed, da Aorta.

Centímetro quadrado valioso
Outra forma de gerar negócios é o investimento em vendas mobile a partir de aplicativos. As marcas estão começando a entender a força e a relevância dos consumidores constantemente plugados.

“Os aplicativos são hoje os centímetros quadrados mais valiosos da comunicação e, indiretamente, uma conexão constante com o consumidor. O lucro a partir deles dependerá da forma que a marca usar os apps. Se ela quiser gerar um benefício em tempo real consegue, se quiser estender um produto do celular para uma loja também pode. Obviamente, o uso tem de ser relevante, nunca pontual ou secundário”, analisa Sérgio Percope, Diretor Comercial da .Mobi, em entrevista ao portal.

Um case de sucesso é o aplicativo do Pão de Açúcar, que permite criar listas de produtos, consultar a origem e os fornecedores dos itens adicionados, além de pesquisar detalhes nutricionais e receitas. A partir do dispositivo móvel também é possível definir o dia e horário da entrega da compra. A ferramenta oferece um conteúdo que provavelmente não chegaria ao consumidor de outra forma e ainda estreita o relacionamento com o público, identificando as particularidades, preferências e gostos de cada cliente.

Projeções
No Brasil, as vendas online por aplicativos, e outros modelos de geração de negócios, têm grande potencial de crescimento. Para que se desenvolvam plenamente nos próximos anos, no entanto, é necessário que o principal foco esteja no grande varejo.

“Não tenho dúvidas de que daqui a pouco vamos ver grandes varejistas fazendo vendas através dos aplicativos, isso sem levar em conta empresas que desenvolvem jogos, que hoje estão ganhando muito dinheiro. Estamos falando de formas quase ilimitadas de geração de negócios”, afirma Reed.



Fonte:
http://mundodomarketing.com.br/reportagens/digital/23980/mobile-2-0-gera-lucro-e-diminui-custos.html