sexta-feira, 28 de maio de 2010

As datas sazonais e o marketing direto

Equipe Virid 26/05/2010

A VIRID escolheu o tema marketing direto em datas sazonais*, evidenciando a importância do email marketing nesse cenário e entrevistou Walter Sabini Junior. O CEO da VIRID ressalta a Copa do Mundo como momento ideal para ações de vendas, relacionamento e branding, principalmente por conta do potencial do ambiente digital.

VIRID: Datas sazonais são melhores para fazer relacionamento ou vendas por Marketing Direto? Por quê?

WSJ: As datas sazonais são períodos em que o número de vendas, naturalmente, se eleva, seja no varejo de lojas físicas ou no comércio eletrônico. Investir em ações digitais em épocas do ano como essas, como por exemplo, email marketing, potencializa o crescimento em vendas, além de favorecer o relacionamento digital entre a marca e o público que ela deseja alcançar, desde que aplicadas as boas práticas de marketing direto no ambiente digital. O email marketing é um canal que pode ser utilizado em prol de resultados no marketing direto, uma vez que oferece recursos de mensuração que permite saber o nível de interação de uma campanha com o target e, por meio dessa análise, elaborar ações online ainda mais segmentadas para conquista do público alvo, com campanhas que vão ao encontro de seu perfil de interesse.

VIRID: É certo que depende de alguns fatores como o tipo de cliente, serviço ou produto, mas de maneira geral, quais são as melhores datas para ações de Marketing Direto? Por quê?

WSJ: O marketing direto é algo que deve participar ativamente das estratégias de comunicação de uma empresa. Não há uma data específica que seja melhor. Quanto mais ações forem feitas com base nesse conceito, maior a probabilidade de fidelização da marca. Mais uma vez repito: desde que essas ações tenham relevância para quem se deseja atingir. Claro que as datas sazonais favorecem a eficiência das ações de marketing direto, mas ele não pode deixar de existir em qualquer época do ano.

VIRID: Estamos em ano de Copa do Mundo, um dos períodos mais quentes para vendas e movimentação de toda a indústria. O email marketing, nesse cenário tem grande potencial? Por quê?

WSJ: Sem dúvida. O varejo eletrônico está crescendo de forma muito acelerada. Em 2010, o faturamento do e-commerce no Brasil somou R$ 10,6 bilhões. Hoje é possível comprar artigos esportivos, eletroeletrônicos, itens de informática, enfim, tudo que em um ano de Copa gera mais interesse pelo consumidor. E, nesse momento, o email marketing é uma das ações mais favoráveis para elevar o volume de vendas. Ele chega até o consumidor, ou seja, o cliente não precisa ir buscar o que precisa, ele pode receber em suas mãos (ou melhor, em seu email). Claro, com uma estratégia bem definida, banco de dados atualizado e definição de público que realmente seja o alvo dessa loja online. O varejo off line também pode se beneficiar, com campanhas de email marketing promocionais que trazem o consumidor à loja física. Basta cuidar, principalmente, dos dados certos de quem se quer atingir para gerar maior ROI (Return on Investiment) e, com toda certeza, mensurar.

VIRID: A Copa é considerada o maior evento esportivo do planeta. Em sua opinião, qual a maior movimentação de itens de vendas no e-commerce nessa época do ano e o que esses setores podem fazer para aprimorar as ações digitais, incluindo email marketing?

WSJ: Dados da e-bit apontam que a expectativa maior está na venda de produtos como TV´s de tela plana e Artigos Esportivos. Essa última categoria já vem apresentando enorme crescimento. De acordo com os dados levantados, a venda de “Artigos Esportivos” cresceu 145% na variação de pedidos, em comparação de Outubro de 2009 com o mesmo período do ano anterior. Esse setor deve estar atento ao potencial do ambiente digital, neste ano, mais do que nunca. Ações de email marketing bem planejadas aliadas ao investimento em Search Marketing e muita campanha promocional digital são recursos fundamentais para trabalhar não apenas as vendas, mas o branding. É um dos momentos mais apropriados para fortalecer uma marca.

VIRID: Quais são os cuidados que se tem que ter quando se empreende uma ação de Marketing Direto aproveitando uma data sazonal ou evento?

WSJ: Primeiramente, o tipo de público que se deseja atingir. Se isso não está traçado e não é claro para companhia, a possibilidade de retorno sobre investimento é muito pequena. Além de gastos desnecessários. O marketing direto, online ou off line, requer investimento. Para uma ação de mala direta, os custos são com impressão, envelope, correios…entre outros. Para ações de email marketing, esse custo também é dedicado para o tempo de desenvolvimento da campanha, layout da peça, estratégia para conquistar o público, produção de uma peça e até o custo por envio de email. Outro cuidado é análise da concorrência, procurar identificar o que estão fazendo, pensar em teasers para despertar a curiosidade previamente a determinada data sazonal ou evento e, fundamentalmente, mensurar, mensurar e mensurar. Com a análise de resultados, principalmente por meio das campanhas digitais, possibilitada pelos recursos tecnológicos de mensuração que esse ambiente oferece, é possível conquistar de verdade quem se almeja. Se, por exemplo, uma campanha de email marketing foi disparada e a análise de cada clique, perfil comportamental e passo a passo desse destinatário foi feita depois que ele recebeu o email, é possível trabalhar com ações mais relacionadas ao que realmente interessa, ao que despertou sua atenção após o recebimento da campanha e, como conseqüência, garantir maiores chances de atração para compra de determinado produto ou serviço.

VIRID: Nessas ocasiões, em que medida o Marketing Direto se integra ao marketing promocional?

WSJ: Tudo depende do tipo de estratégia aplicada pela marca. Se ela deseja combinar um período em que o número de vendas é maior com ações promocionais para ganhar vantagem competitiva, os retornos podem ser ainda maiores pelas ações de marketing direto. Combinar marketing direto com marketing promocional em datas sazonais vai exatamente ao encontro do que o consumidor busca. Uma boa estratégia também é a prática de promoção logo após a data.

VIRID: Quais as principais ferramentas de Marketing Direto utilizadas (mala direta, CRM/DataBase, telemarketing, fullfilment, etc)? Por quê?

WSJ: Database marketing continua sendo a base principal para que todo o restante tenha resultados agregadores. Sem um mailing segmentado, atualizado, com contatos que realmente se deseja atingir, as ações posteriores – telemarketing, mala direta, email marketing, entre outras, não são assertivas e, se não são assertivas, dificilmente terão o retorno almejado.

VIRID: Quantos e quais são os públicos aos quais a empresa se relaciona nestas datas?

WSJ: Trabalhamos fortemente com o setor de comércio eletrônico que enxerga no email marketing uma ferramenta fundamental para ações de marketing direto online. Normalmente, nessas datas, o número de envios tende a subir. As agências digitais também costumam elevar o número de envios nas datas sazonais para realização e propagação das mais diversas ações de marketing direto pelo email marketing para seus clientes.

VIRID: Como você acredita que datas e eventos potencializam as ações de Marketing Direto?
WSJ: As datas sazonais são momentos em que o consumidor busca novidades para confraternizar. O Natal e Dia das Mães costumam ser as datas que mais movimentam as vendas no país. Mas, de maneira geral, períodos sazonais potencializam as ações de marketing como um todo.

* Parte da entrevista foi concedida para revista Marketing Direto e publicada na edição de maio da publicação.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Banco do Brasil e Caixa conquistam clientes com Marketing Esportivo


Bancos estatais apostam no esporte para rejuvenescer suas marcas

Por Thiago Terra, do Mundo do Marketing


O esporte remete à juventude, saúde e bem-estar. Quando o Marketing se une a atividades esportivas, o resultado é, na maioria das vezes, positivo. Por isso, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal patrocinam modalidades esportivas e fazem do Marketing Esportivo a ferramenta ideal para se manterem jovens, saudáveis e bem preparados para buscar e conquistar novos clientes.
O BB iniciou o investimento em Marketing Esportivo por necessidade, já que uma pesquisa da Research International, em 1989, mostrou que a base de clientes do banco tinha faixa etária entre 50 e 65 anos, contra a média de 30 e 49 de toda a base de clientes do sistema bancário. Ou seja, caso o Banco do Brasil não renovasse sua clientela, o risco de perder participação no mercado era alto.
O "Plano de Conquista do Público Jovem" deixou claro que o esporte era a saída mais fácil para chegar aos jovens. Na Caixa Econômica Federal a história se repete. Toda a estratégia de Marketing Esportivo serve para rejuvenescer a marca, vincular a presença da CEF no esporte nacional e direcionar a atuação comercial a todos os brasileiros.
Banco em primeiro lugarO sucesso do Marketing Esportivo do Banco do Brasil não está caracterizado apenas pelos ginásios lotados em jogos do time de vôlei do Brasil. Uma pesquisa feita pela Market Analisys Brasil em 2009 aponta o BB como a marca mais lembrada entre as empresas que estão ligadas aos esportes no Brasil. Com 15,9%, o Banco do Brasil saiu da terceira posição em 2008, quando obteve 12%, para assumir a liderança do ranking.
Em segundo lugar nos dois estudos está a Nike. A outra empresa nacional que está presente no ranking é a Petrobras. Em 2008, a estatal era líder em lembrança do consumidor e hoje ocupa a quarta posição. “Foi uma decisão estratégica de rejuvenescer a marca a trazer o público jovem. Hoje, a faixa etária dos clientes do banco tem média de 41,5 anos”, explica Hugo Paiva, Gerente Executivo de patrocínios de esporte do BB, em entrevista ao Mundo do Marketing.
A história do Marketing Esportivo do BB começa em 1991. O patrocínio ao vôlei de praia originou o Circuito BB de Vôlei de Praia. De lá para cá, o banco investiu e estampou sua marca nas seleções brasileiras de vôlei de quadra e de futsal e fechou contrato com a Confederação Brasileira de Ciclismo. Além disso, o BB é patrocinador dos iatistas Robert Scheidt e Bruno Prada; dos jogadores Giba (vôlei) e Falcão (futsal); do ex-atleta Gustavo Kuerten, do Instituto Gustavo Kuerten e de seus projetos de desenvolvimento do tênis. A Escola de Vôlei do Bernardinho e ex-medalhistas olímpicos completam a lista de investimento em Marketing Esportivo do Banco do Brasil.
CEF incrementa investimentoJá a Caixa Econômica realiza um processo de incremento na atuação em Marketing Esportivo desde 2001 e hoje possui uma gerência específica para responder pelos contratos de patrocínio. A partir de 2004, a CEF intensificou sua presença em esportes de carona no ano em que as Olimpíadas aconteceram em Atenas, na Grécia.
O bom rendimento do Brasil naquele ano inspirou a Caixa a investir no Comitê Paraolímpico Brasileiro. Em 2005, o banco fechou o patrocínio aos jogos PanAmericanos e na temporada seguinte foi a vez da ginástica artística, rítmica e do trampolim entrarem para o time da CEF. “Ano a ano incrementamos os patrocínios”, afirma Gerson Bordignon, Gerente Nacional de Promoções, Cultura e Esporte da Caixa, em entrevista ao portal.
A Caixa Econômica tentou ir além. O objetivo do banco era patrocinar o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) durante os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016, mas a entidade - e nenhuma outra - não poderá ser patrocinada quando esta for a organizadora do evento, segundo o Comitê Olímpico Internacional (COI).
Planejamento para 2010O retorno sobre as ações de Marketing Esportivo da CEF não visam somente a evidência da marca do banco. A empresa governamental investe não só em atletas de alto nível, como também em esportes amadores e jovens talentos. Prova disso são os 20 centros de excelência para treinos de ginástica para descobrir novos atletas pelo Brasil. “Toda esta estratégia serve para rejuvenescer a marca, vincular a presença no esporte com a atuação comercial e trazer cada vez mais clientes jovens”, aponta Bordignon.
O critério usado pela CEF para escolher atletas e modalidades para patrocinar é feito a partir de uma análise da Confederação baseada em seu índice e a escolha de uma categoria é feita pelos resultados do rendimento dela. Apesar disso, desde 2007, o banco não amplia o número de modalidades patrocinadas. Nem em ano de Copa do Mundo a CEF se inspirou em novos contratos. “Este ano pretendemos sedimentar alguns programas. Não vamos ampliar modalidades e sim dar suporte para o treinamento dos atuais atletas”, explica o Gerente Nacional de Promoções, Cultura e Esporte da Caixa, ao site.
No Banco do Brasil, as ações de Marketing Esportivo geram relacionamento com colaboradores e clientes. O Circuito BB de Vôlei de Praia é o grande instrumento para estas ações. O banco oferece todo ano um campeonato interno de vôlei para seus funcionários. A instituição oferece ainda um espaço reservado para seus clientes em jogos oficiais do Circuito BB de Vôlei de Praia. O encontro entre as duas modalidades ocorre justamente na final do campeonato de vôlei. Tanto o interno quanto o Circuito. “A final dos dois campeonatos acontece na mesma data e local. Esse ano será em Búzios, no Rio de janeiro”, conta Paiva ao Mundo do Marketing.
Para o Banco do Brasil, o retorno do investimento em Marketing Esportivo é mais do que estampar a marca em um uniforme. “Ser a marca mais lembrada do esporte hoje é um resultado fantástico”, diz Hugo Paiva, do BB. Em troca, o banco é autorizado a usar a imagem de atletas em campanhas publicitárias, como é o caso de Giba, jogador da seleção de vôlei e garoto propaganda do Banco do Brasil, e o iatista Robert Scheidt, que empresta sua imagem para o serviço Estilo do banco.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Consumidor força marcas a fazerem SAC na internet

Como as empresas atendem clientes no ambiente interativo

Por Sylvia de Sá, do Mundo do Marketing

O Serviço de Atendimento ao Consumidor, o famoso SAC, começa a disputar lugar com a internet. Muito mais do que um canal de interação entre marcas e consumidores, as redes sociais passam a ser vistas como um meio importante para quem deseja reclamar, tirar dúvidas ou fazer sugestões. Marcas como Telefonica, LG e até mesmo escolas como o Insper já entenderam a necessidade de não apenas monitorar o que é escrito na web, mas também atender e orientar clientes, evitando que tenham sua imagem afetada por críticas negativas.O exemplo mais notável é o caso do músico canadense Dave Carroll e da companhia aérea United Airlines. Após testemunhar sua guitarra sendo jogada de um lado para o outro pelos carregadores de bagagem da empresa, causando danos ao instrumento, Carroll postou no Youtube um vídeo satírico que reconstituía o episódio. Batizado de “United Breaks Guitars”, o clipe acumula milhões de visualizações desde o ano passado e o caso virou notícia em importantes veículos mundiais como CNN, The LA Times, Chicago Tribune, Revista Rolling Stone e BBC.Para não correr o risco de verem surgir Carrolls no Brasil, as empresas estão de olho. “Antes, se a pessoa ligasse para o Call Center e não fosse atendida, o máximo que poderia fazer era reclamar com a família, os amigos e os colegas de trabalho, o que não era suficiente para punir as empresas. A internet possibilita que a mensagem chegue muito além do círculo de convívio”, acredita Andre de Abreu (foto), Gestor da Máquina Web, unidade de mídias digitais e redes sociais da Máquina Public Relations, em entrevista ao Mundo do Marketing.Telefonica e o RP 2.0O fenômeno ganha força com a chamada Geração Y, ultrapassa as redes sociais e ganha espaço também em blogs, fóruns e sites de reclamação. Acostumados à internet e às novas tecnologias, para estes consumidores, escrever no mundo virtual é muito mais lógico do que pegar um telefone ou ir até um órgão de defesa do consumidor. Por isso, mesmo não tendo estes canais regulamentados, a Telefonica atende os internautas que se referem à empresa na internet, muitas vezes para reclamar.Desde o ano passado, após enfrentar problemas com o seu serviço de banda larga, a companhia percebeu que era necessário adotar uma estratégia para redes sociais. O primeiro passo foi criar perfis nos sites Twitter, Orkut, Facebook, Flickr, Youtube e Blip, além de um blog. O projeto Telefonica em Ação deu origem ao Canal RP 2.0, que tem como função única e exclusiva receber dúvidas dos internautas relacionadas à empresa e ao atendimento.“Atendemos pela internet os casos mais graves. Não resolvemos todos, porque o serviço não é regulamentado. Quando o problema é recente, encaminhamos para o SAC da empresa. Se o SAC não resolve, aí ajudamos de alguma maneira”, explica Ricardo Leite, Coordenador das redes sociais da Telefonica dentro da Máquina Web, em entrevista ao Mundo do Marketing.Mais de 2.600 casos atendidosEntre os casos de destaque atendidos pela Telefonica estão reclamações do apresentador Cesar Filho e de blogueiros famosos no meio virtual, como Caio Novaes, do Brogui. Ao reclamar dos serviços da empresa no Twitter, os internautas foram contatados pela Telefonica, explicaram o problema e conseguiram solucioná-lo. A blogueira Juliana Sardinha, do Dicas Blogger, também teve uma experiência positiva com a companhia.Diariamente, ela postava em seu Twiter “Bom dia, eu odeio a Telefonica”. Até que a empresa entrou em contato, entendeu o problema e se propôs a ajudar. Depois que viu seu caso ser solucionado, Juliana passou a defender a marca. “A resolução do problema também funcionou como uma ação de relacionamento, que mostrou atributos positivos da Telefonica”, diz Leite (foto). O serviço, no entanto, não atende apenas os conhecidos como “formadores de opinião” na internet. Para a Telefonica, o foco é o internauta, famoso ou não. Desde a criação do Canal RP 2.0, em junho de 2009, foram resolvidos mais de 2.600 casos. Assim como a Telefonica, a LG também investe nestes canais e não deixa o consumidor falando sozinho.LG é uma das mais citadas na internetHá cerca de um ano, a marca criou o seu blog, o seu perfil no Twitter e, mais recentemente, sua página no Facebook, sabendo que os consumidores procurariam estes canais para tirar dúvidas, buscar informações e reclamar sobre a assistência técnica. Oficialmente, a LG também não realiza atendimentos da área de suporte pela internet. Apenas orienta e encaminha as solicitações para o canal responsável. Quando a pergunta é mais simples ou a resposta está no próprio site, a equipe da empresa responde ou direciona o internauta para a página oficial. A LG é uma das marcas de eletrônicos mais citada nas redes sociais. O postX, levantamento sobre TVs LCD, LED e Plasma feito pela Miti – Soluções Dinâmicas em Comunicação, e obtido com exclusividade pelo Mundo do Marketing, mostra que a marca registrou 133 interações entre os dias 1 de maio e 6 de maio. O resultado deixou a LG longe das concorrentes. A Philips, que foi a segunda mais citada, registrou apenas 51 posts referentes às TVs da marca, seguida pela Samsung, com 46, e pela Sony, com 32.A maioria das interações (100) foram negativas, mas a empresa apresentou um índice de respostas de 99% e de soluções de 67,8%. Apenas a Samsung teve também um índice de respostas de 99%. Já o de soluções foi mais baixo (54,2%). Apesar de responder os consumidores, a LG não acredita que este seja o foco das redes sociais para a empresa.LG foca relacionamento na internet“Hoje temos advogados da marca que já fazem o trabalho de respostas. Nos fóruns, principalmente, os internautas se moderam e respondem uns aos outros, baseados em experiências próprias ou no que ouviram falar. Apenas monitoramos para que não respondam algo errado ou incorreto em relação ao uso do produto”, conta Cristiana Agostini (foto), Gerente da área de Marketing Digital da LG no Brasil, em entrevista ao Mundo do Marketing. Entre as prioridades da LG na internet está o site oficial da marca. “Queremos que o site seja extremamente informativo para que não precisem entrar em contato com o suporte ou o SAC”, explica Cristiana. Uma forma de resolver o déficit de informação são os tutoriais que explicam como utilizar os produtos. Quando a empresa monitora e percebe que alguma dúvida se repete constantemente, lança vídeos explicativos no próprio site, que também são úteis para os varejistas do e-commerce.Para a LG, a principal função das redes sociais é construir reputação e gerar relacionamento para conquistar internautas que defendam a marca e troquem informações com outros consumidores. Esse também é o objetivo do Insper. Em seus canais, a escola recebe mais dúvidas e solicitação de informações do que reclamações. A importância da presença digital é entender como a marca é vista no mercado e se relacionar com os internautas. Contato com internautas gera informaçõesDesde o ano passado, o Insper acompanha a evolução das mídias sociais e faz análises sobre o que é postado, principalmente dos alunos de graduação e dos futuros alunos. Dúvidas como a existência de aulas virtuais são respondidas ou encaminhadas para o setor responsável pelo atendimento. A promoção de eventos também faz parte da estratégia digital do Insper.Apesar de não estarem ligados diretamente ao atendimento, os convites enviados a partir das redes sociais ampliam o relacionamento da instituição com os internautas. Recentemente, o acesso às inscrições para o Insper Business Fundamentals a partir de canais como Twitter e Linkedin ficou em segundo lugar, atrás apenas dos acessos diretos ao link do convite.O contato com os internautas, uma espécie de SAC na web, além de promover a marca, solucionar dúvidas e gerar relacionamento, também é um importante elemento para reunir informações. “Com o monitoramento das redes sociais, conseguimos juntar dúvidas de várias áreas e interesses de alunos e prospects para embasar decisões futuras”, aponta Angelita Baratela (foto), Analista de Marketing do Insper e responsável pelas ações digitais da escola, em entrevista ao Mundo do Marketing.Canais virtuais reduzem custosOutra vantagem do atendimento realizado nos canais virtuais é a redução dos custos. A partir do momento em que a internet faz um atendimento eficaz e gera a percepção de valor dos consumidores em relação às marcas, eles tendem a deixar de usar o Call Center, que tem custo elevado.“As marcas têm condições de ter atendimento on-line mais eficaz e mais barato. A web é muito personalizada, ao contrário dos canais tradicionais que têm custo fixo. Empresas de todos os tamanhos têm condições de fazer esse trabalho”, diz Abreu, da Máquina Web. Seja por relacionamento, redução de custos ou promoção de marca, os canais virtuais precisam entrar na estratégia das companhias.“Acredito que o SAC virtual substituirá o atendimento telefônico em longo prazo. A nova geração começa a ter mais poder de compra e tem uma cultura de web muito forte. Qualquer problema, sempre procura a internet para resolver, sem colocar a mão no telefone”, ressalta Leite, que coordena as redes sociais da Telefonica.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Marketing para a baixa renda

Por Sandra Turchi*

Muito se tem falado sobre esse assunto, mas não resisto a abordá-lo de tempos em tempos, pois é um dos meus temas favoritos. A expansão das classes de baixa renda e a sua representatividade na economia trouxe uma necessidade de reflexão. Neste artigo, abordo como os profissionais de marketing devem atentar-se para a adequação da linguagem no tratamento com esse público. Seja pelos canais físicos ou digitais, ainda há um longo caminho a ser percorrido para atender a essa camada, que não está acostumada com certos anglicismos e neologismos utilizados e que acabam desistindo de interagir com aqueles que não se preocupam em entendê-la.Com o intuito não apenas de entendê-la, mas de aproveitar oportunidades, muitas empresas têm buscado institutos especializados para compreender como essa população vive, pensa, age e consome. Para isso, contratam pesquisas em que seus gerentes passam dias na casa de famílias de baixa renda para poder “assimilar” as diferenças entre o “seu” e “aquele” cotidiano.Isso é ótimo, mas é fundamental que seja revertido em ações de adequação de produtos e serviços, bem como na criação de novas formas de pagamento. Um bom exemplo é a aceitação de cheques pré-datados para vôos, um feito da Azul Linhas Aéreas.Por falar nisso, esse público ainda está se familiarizando com o uso de cartões de crédito, pois muitas pessoas, no início da popularização desse meio de pagamento, foram pouco ou mal instruídas e acabaram se endividando, pois entendiam que bastava pagar a parcela mínima que constava na sua fatura. Com isso, seu saldo devedor crescia a uma taxa “módica” de 15% ao mês, cobrada por aquele banco que lhe concedeu o tal cartão. Depois desse susto inicial, eles passaram a compreender melhor esses mecanismos financeiros e têm se adaptado.Também nessa área estamos observando casos interessantes de orientação ao consumidor, como o do recém lançado site da FEBRABAN, “www.meubolsoemdia.com.br”, criado pela agência de Comunicação Fábrica com base em pesquisas feitas pelo Instituto Datapopular que traz informações sobre o funcionamento dos bancos, as modalidades financeiras, investimentos, dívidas, entre outros.Na divulgação destinada a impactar essa parcela da população, é indicado que os publicitários mantenham sua criatividade sem abrir mão da clareza e objetividade, visto que esse público não compreende a linguagem muitas vezes utilizada em campanhas mais complexas ou que até mesmo tentam ser muito divertidas, mas acabam fazendo com que ele rejeite essa comunicação. Ou seja, o resultado disso é exatamente inverso ao que se propunha.


* Sandra Turchi é Superintendente de Marketing da ACSP-Associação Comercial de São Paulo / SCPC, Coordenadora do curso “Estratégias de Marketing Digital” da ESPM e VP de Marketing da Abrarec. Blog: www.sandraturchi.com.br Twitter: www.twitter.com/sandraturchi

terça-feira, 4 de maio de 2010

Koni inicia nova fase e chega ao exterior




Rede inaugura loja em Portugal e Lança novo modelo no Brasil


Por Sylvia de Sá

O Koni Chega DEPOIS AO Mercado internacional de tres anos de Sucesso no Brasil. Após Uma Expansão Agressiva, passando de Oito n º 36 Pontos-de-venda em Dois anos, a Rede Abre SUA Primeira loja Não exterior. A Unidade em Portugal Localizada em Dois Meses Será inaugurada. A temakeria Também amplia sua atuação nacional e Implementação UM novo modelo de Negócio, o Express, Que eli o atendimento NAS mesas.Para alcançar o Objetivo de 25 anos Abrir em Unidades Não exterior Cinco, Uma marca Pretende LeVar Mesmo o modelo brasileiro Europa Parágrafo UM , seguindo OS Passos realizados Por aqui, à exceção de Pequenas Variações Não cardápio, o Salmão defumado Como, Que Não Fez Sucesso Entre OS brasileiros. O Marketing Como Também Mudanças Acompanha. No ano último, o Koni investido em dez Ações na Internet e nd em Presença Eventos Como o Oi Fashion Rocks e Oi Noites Cariocas, no Rio de Janeiro. Em São Paulo, a Rede de temakerias levará n SUA Experiência Como Iniciativas Uma edição da Casa Cor 2010. A nova fase da Empresa demanda Uma Estratégia Que fortaleça o Koni Como Uma marca de alimentação, o cardápio Incluí Que Fazer Uma reformulação. Entre as Mudanças, o ESTA Lançamento de Rolos e yakissoba. O restaurante Decidiu Ainda Investir Na percepção de custo-benefício, criando opções de combos Produtos Que Dois Contaminação Mais Uma Bebida UM PREÇOS promocionais.Expansão Chega a Minas, Paraná, Brasília e São PauloA solidificação da marca possibilitou o Investimento Mercados em fóruns do Estado do Rio de Janeiro. A rede, Que dez Lojas em Minas Gerais, no Paraná e em Brasília, foca o estado de São Paulo, com Conta Onde Apenas Cinco Unidades. "No Rio, SE VOCÊ Não Abre UO Baixo Leblon em Ipanema, em Duas semanas Todo mundo Já SABE PORQUE TODOS OS Estes Lugares Públicos frequentam. Em São Paulo, eles se espalham em Vários Lugares Pequenos, O Que Torna a Comunicação Mais difícil", Explica Michel Jager, sócio-Fundador do Koni, em entrevista ao Mundo do Marketing. O comportamento dos Consumidores Nestes Dois Maiores Mercados, Por Mais Que Sejam Próximos, É Diferente. arruma "E carioca O Mais casual, a Praia da Volta, em Passa Frente a loja e vir Koni hum. Já o paulista e se sai com UM OBJETIVO", complementa. Por ter Características distintas, o cardápio Adaptações sofrê Também. Em São Paulo, encontrados pratos podem Ser Como o cogumelo shimeji EO maionese com Salmão, Que Não Estão os SO OS Entre as opções Para Os Cariocas. Outro foco de atuação do Koni Este ano É o Nordeste. A expectativa da Rede É Chegar Ao final de 2010 Mais SEIS COM Lojas no país. No Rio, o OBJETIVO E Como Aumentar Vendas dos 23 restaurantes EXISTENTES já. Em 2010, o Koni Espera incrementar o Faturamento em 24%, comparado aos 28% registrados em 2009. A Aposta da Rede nenhuma Momento É o Koni Express, modelo em Que em Unidades ESTÁ UM Como Fazer teste Riosul e do Humaitá, no Rio de Janeiro.Express foca melhora Não atendimentoA Iniciativa Pretende LeVar Mais praticidade Para os Consumidores. Softwares antigos novo modelo, o Cliente vai Até o Balcão, faz Seu Pedido, Paga e Leva Para a mesa. "Com o Koni Express eliminamos Pontos de Erro de Comunicação. O atendente de mesa Às Vezes Traz Mais Demanda para o Koniman (temakis QUE OS Preparação) não atender PoDE Que ELE. Estou confiante Neste modelo, shoppings Parágrafo Principalmente, Pela Rapidez", Diz Jager.O executivo, no entanto, sabe Que o Processo ee Longo Que HÁ Pelo Caminho Barreiras, Como Consumidores insatisfeitos com Uma Mudança. "Não e Uma virada Rápida, sem perceba Que Ninguém. Acreditamos Que, Uma Mantendo consistência sem Trabalho, o Cliente tera valores positivos n pesar ª Hora" da DECISÃO ", aponta o Fundador da Rede, Pertence AO Que Hoje o Grupo Umbria, detém Também Que Como Marcas da Domino Spoleto e. Para Não Haver rupturas Entre os Dois Modelos, Uma Transição NAS Lojas Que adotarão O conceito Express ESTÁ Sendo Feita Aos poucos e ALGUMAS manterão o Formato de Koni Store, com Serviço à mesa. Há a Possibilidade de Que Também ALGUNS Pontos-de-venda Sejam mistos, com atendimento Express Apenas Na Hora do Almoço, QUANDO É O fluxo maior.Novo modelo Precisa de ambientação diferenciadaOutra Necessidade Neste processo e Uma Mudança nd ambientação das Lojas Passarão hum Que Ser Express. Para isso , a Empresa UM Começa colocar em Prática o Projeto Para os Pontos-de-venda desenvolvido Pelas agencias Mar Design e Embalagem, do Rio de Janeiro. A ideia É Que OS Consumidores possam diferenciar o Koni Store do Koni Express. "É preciso Explicar Bastante Para quê o Consumidor Não tenha Dúvidas, nao ache Que ESTÁ Lugar No mesmo. Os Modelos Se tiverem ambientações Dois Diferentes, nao haverá problemas ", acredita Marcelo Cherto, presidente da consultoria Growbiz e Especialista em ponto-de-venda, canais e franquias, em entrevista ao Mundo do Marketing.Uma das Principais Mudanças na ambientação das Lojas Express refere-se à Comunicação A partir dos materiais de Ponto-de-venda. "A Express Veio o Serviço n acentuação do Koni. A PROPOSTA da ambientação É Trabalhar o novo modelo de Serviço, Mantendo O conceito da marca. A Comunicação Didática Precisa Ser, autoexplicativa, OS Mostrando combos com Produtos SO EO Passo a Passo (veja Uma perspectiva NA foto Abaixo), aponta Ticiana Silva, Executiva de Contas da Embalagem, em entrevista ao Mundo do Marketing.De Olho no termômetro Pará TwitterUm Que saber o SO SO SO Estão os Consumidores achando das Mudanças São as Redes sociais, Estão os SO OS mira soluço Que hum do Koni. "Hoje, a marca ESTÁ NA internet Mesmo Não Querendo. É Obrigação do Koni Participar, promover fóruns de discussão e sos Clientes COM OS Conversar A partir Destas FERRAMENTAS", conta Jager. Perfis O Koni mantém Ativos em Canais Como Orkut, Chilro e Facebook. O Investimento em Mídia social Faz parte da Estratégia de Marketing Que Conta Ainda Ações promocionais com. "Somos inquietos Em relação ao Marketing PORQUE Entendemos Que o Koni e Uma Jovem marca EO Público Quer isso. Buscamos com Parcerias consolidadas Marcas OU trazem Mesmo Que o Público, com percepção Outra Mas, Como Uma Devassa", ressalta Jager.Durante A Semana, por exemplo, das 17h Às 20h, Quem Pede UM Koni e Hot Uma Devassa Ganha Uma Cerveja segunda, NA Promoção batizada de Hot horas. Os Consumidores Frequentes Também São Premiados com o Cartão Fidelidade, Que Dá Direito a Um Produto QUANDO É Uma cartela completada Por Selos adquiridos A cada Compra. A rede Conta Também com o Koni ID, o Clube de Vantagens COM UM Promoções Específicas Para os Estudantes e Ainda serve para Ampliar o Conhecimento Sobre o Consumidor, Já Que É Necessário Fazer o cadastro on-franqueados com line.Relação DEVE transparenteTodas Ser Como novidades Permite, Mudanças e Como Ser comunicadas da forma OS Certa franqueados Pará, UM DOS Que São Pilares softwares Antigos Plano de Expansão. "Quem Procura canal Como Uma franquia principal TEM próprios franqueados de Informação do Sistema Operacional, podem se mostrar Que Não confusos Dúvidas COM OU Sobre o modelo. A Comunicação DEVE Clara Ser boa EA Relação Para quê Uma marca Seja reforçada", relata Cherto, da Gorwbiz nisso. Pensando, o Koni busca Construir Uma Relação OS transparente com franqueados. A Empresa Conta com hum Comitê de Marketing Que Realiza Encontros mensais, Definição da UM Calendário anual e Planeja Como Programar Uma verba Para o Investimento em Marketing. Para os Próximos Meses, Uma Foca Uma Expansão da Rede, semper De Olho no feedback dado Pelos Consumidores No mundo virtual, e Novos Mercados Espera Explorar, a exemplo de Portugal. "Ainda Bem Que TEM Muita Gente Que Não conhecê o Koni. Isso Significa Que Ainda temos conquistar Para Clientes Para Para muitos parag. Em 2010, em Campo Quero Estar Mais, na Internet e avançando com o modelo Express", afirma Jager.

fonte: http://www.mundodomarketing.com.br/

sábado, 1 de maio de 2010

Marketing Pessoal: Seja estratégico com seu tempo

No agitado mundo dos negócios, vejo pessoas correndo de um lugar para outro, saindo e entrando em reuniões, consultando seus Blackberrys como fanáticos religiosos, trabalhando madrugadas afora para lidar com a grande quantidade de e-mails recebidos, enfim, vejo esses profissionais ocupados, ocupados, ocupados e ocupados.
O grande dilema de todas essas atividades, no entanto, é que elas representam a maior parte daquilo que os acadêmicos chamam de “tempo que não agrega valor”.
Há alguns anos, os professores Steven Wheelwright e Kim Clark, da Harvard Business School documentaram um declínio catastrófico na quantidade de tempo, com valor agregado, que as pessoas utilizavam no trabalho, quando assumiam mais de dois projetos concomitantemente. Na ocasião da pesquisa, os participantes responderam que estavam trabalhando, em média, em sete projetos ao mesmo tempo. Concomitantemente a isso, a produtividade no trabalho tinha caído 15%. Ironicamente, quanto mais tarefas assumiam, menos as realizavam.
O que você pode fazer para obter produtividade com valor agregado nos dias de hoje? Seguem aqui algumas sugestões:
- desenvolva um conjunto de painéis ou scorecards que possam ajudá-lo a, sistematicamente, separar as oportunidades atrativas das não atrativas.
- tente dar aos projetos mais antigos o status de “em fechamento”, antes de assumir outros.
- assegure-se de reservar algum tempo para as atividades estratégicas não urgentes (como refletir ou redigir), que tendem a ser ofuscadas por outras demandas, supostamente imprescindíveis.
- verifique se há e-mails em sua caixa postal apenas duas vezes por dia (isso não vai machucar, garanto!)
- tente deixar claro àqueles com quem se relaciona (como chefes e colegas) quem talvez esteja gerando excesso de trabalho para você.
- ajuste suas prioridades estratégicas e coloque em questão as atividades que não o levam em direção delas.
- questione o valor de cada atividade – se ela não for finalizada, o que ocorrerá?


Fonte: Rita Gunther McGrath - Harvard Business Review Rita Gunther McGrath é professora da Columbia Business School, onde realiza estudos sobre inovação, novos negócios corporativos e empreendimento.